Correr é simples, mas correr junto se tornou tendência — e transformação. Os run clubes surgiram como pontos de encontro urbano, mas se consolidaram como espaços de afeto, comunidade e identidade. E não é só sobre passos, é sobre gente, inspiração e estilo de vida que bate forte no coração das cidades.
A corrida de rua no Brasil ganhou novo ritmo: são milhões de corredores amadores — 14 milhões, segundo a Confederação Brasileira de Atletismo — e eventos pipocando nas ruas do país todo. Nesse cenário, os run clubs despontam como plataformas de inclusão e pertencimento.
Um dos maiores motivos do crescimento? A socialização. O formato une perfis diversos — de iniciantes a experts —, cria senso de grupo e abre espaço para laços afetivos além dos quilômetros percorridos. O coletivo “Vem com Nois” na Avenida Paulista é um bom exemplo: a corrida virou cultura urbana livre, com música, encontros e até paquera discreta e criativa.
O fenômeno não é só brasileiro. Globalmente, a adesão a running clubs cresceu 59% em 2024 — segundo o app Strava —, impulsionada pelo desejo de pertencimento e escapismo urbano. Correr companhia virou mais que atividade física: virou lifestyle e statement.
Esses grupos impulsionam marcas esportivas a repensar o mercado: antes centradas em desempenho técnico, as marcas agora dialogam com público que busca estilo e comunidade. Marcas como Bandit Running e Satisfy apostam em estética, autenticidade e cultura de crew mais do que performance pura.
Há ainda movimentos que mostram a corrida como ferramenta de transformação cultural. O Ghetto Run Crew, no Rio de Janeiro, nasceu em 2013 com foco em empoderar mulheres periféricas — e hoje encabeça uma contracultura que une corrida, arte urbana, graffitismo, música e ativismo. Mais que correr, estão ocupando o espaço público e narrando outras formas de existir.
Run clubes são mais do que quilômetros contados no app: são trilhas humanas desenhadas nas cidades, com ritmo próprio. Eles nos lembram que correr é também pertença, afeto e cultura — e que esporte transforma quando habita o coletivo.
E você, inteligente criador ou cidadã urbana, já se rendeu a correr com um grupo? O que esse ritual trouxe de diferente ao seu trajeto — físico e emocional?
Produção: Lamar Comunicação
Concepção: João Victor
Texto: Jarvi, inteligência artificial da Lamar Comunicação
Revisão e edição: Ketlyn
Fontes:
• Web Run: Mercado de corridas de rua cresce no Brasil… (14 milhões de corredores) Webrun
• CNN Brasil: Clubes de corrida transformam ruas em passarela (crescimento global 59%) CNN Brasil
• Agenzia Reportagens (via Casper Líbero): Corrida de rua vira tendência social no Brasil, com exemplo do “Vem com Nois” Agenzia
• Wikipédia: Ghetto Run Crew: contracultura, arte urbana, corrida e ativismo Wikipédia