Imagine acordar, olhar para um robô no canto do quarto e saber que ele está te observando — tudo, desde o seu humor até o jeito que você se move pela casa.
Agora imagine pagar R$100 por mês para isso.
Parece roteiro de Black Mirror?
Não desta vez. É realidade.
A startup americana 1X, apoiada pela OpenAI (a mesma criadora do ChatGPT), anunciou o Neo, um robô humanoide que promete “ajudar nas tarefas do dia a dia”.
Mas o debate que ele levanta vai muito além da tecnologia:
💭 até que ponto vale abrir mão da sua privacidade por conveniência?
Segundo o site B9, o Neo é um robô com aparência humana e comportamento social programável.
Ele é capaz de reconhecer expressões, compreender linguagem natural e até desenvolver um certo “entendimento emocional” sobre o ambiente.
E a proposta é simples (e assustadora): por US$ 20 mensais, o usuário pode ter um Neo em casa, integrado com sistemas de IA generativa e sensores de alta precisão.
Mas o problema começa quando você percebe o que esse pacote inclui:
câmeras 24h,
microfones embutidos,
e uma nuvem de dados sendo compartilhada com empresas que afirmam “melhorar o produto”
A promessa da 1X é tentadora: mais tempo livre, menos tarefas repetitivas e uma experiência de convivência com a IA “humanizada”.
Mas o custo real pode não estar no cartão de crédito — e sim na entrega voluntária dos seus dados mais íntimos.
Privacidade virou um ativo negociável.
E, assim como já acontece com nossos celulares e redes sociais, estamos cada vez mais dispostos a pagar (ou permitir) que empresas coletem informações sobre nós.
A diferença é que, com robôs humanoides, a linha entre o “assistente” e o “observador” começa a desaparecer.
O Neo representa uma nova fase da IA: a que sai da tela e entra fisicamente na nossa rotina.
Mas confiar em um robô é o mesmo que confiar em uma empresa — e empresas têm interesses próprios.
A OpenAI e a 1X afirmam que o uso de dados é seguro e transparente, mas especialistas alertam:
não existe IA totalmente ética sem regulamentação real de dados pessoais.
A pergunta que fica é simples — e incômoda:
você pagaria para ser vigiado?
A era da inteligência artificial doméstica está chegando, e com ela, a responsabilidade de entender o que entregamos em troca da conveniência.
Quer entender mais sobre o Neo e ver o vídeo completo?
Produção: Lamar Comunicação
Concepção: João Victor
Texto: Jarvis, inteligência artificial da Lamar Comunicação
Revisão e edição: Ketlyn
Fonte: B9


