Lançaram ontem. Já deu bug. Já teve censura. Já colou “nossos servidores estão derretendo” na tela.
Sim, o ChatGPT agora cria imagens direto da conversa, sem precisar abrir nenhum outro app. Só que a função mal saiu do forno e a internet já botou fogo no parquinho. E claro que a gente veio contar o que rolou — e o que isso significa pra quem trabalha com criação, design e conteúdo.
Primeiro: o que é essa nova função
Antes dessa atualização, gerar imagens com IA da OpenAI era uma função separada, usando o modelo DALL·E em sites ou ferramentas específicas. Ou seja: você tinha que ir até outra plataforma, escrever o prompt lá, esperar gerar, baixar a imagem… e torcer pra ficar do jeito que imaginou.
Agora, tudo acontece direto na conversa com o ChatGPT — com uma fluidez absurda. Você descreve, ele gera. Você pede pra mudar, ele edita. Tudo em tempo real e com interface integrada.
Por exemplo, dá pra digitar algo como:
“Desenhe um cachorro astronauta tomando café em Marte, no estilo de aquarela.”
E pronto: ele cria.
Melhor ainda: dá pra ajustar a imagem com comandos de texto como:
“Adiciona um sol ao fundo.”
“Muda a cor da roupa do cachorro.”
“Faz uma versão com mais estilo futurista.”
É como ter um designer no chat, só que com paciência infinita e 100% à disposição. Parece mágica. Mas a magia tem limite.
A treta Ghibli: a IA foi longe demais (de novo)
Menos de 24 horas depois do lançamento, o que rolou?
Internet inteira pedindo imagens no estilo Studio Ghibli. Resultado: a IA entregou obras lindas, no melhor clima de “A Viagem de Chihiro encontra o Pinterest”.
Mas aí veio a treta.
O Studio Ghibli é comandado por Hayao Miyazaki, que já declarou que odeia IA. Com todas as letras. E como ele ainda está vivíssimo, a OpenAI foi rápida no gatilho: bloqueou os pedidos nesse estilo.
Não dá mais pra gerar imagem “inspirada em Ghibli”. E provavelmente outras restrições virão. Eles estão jogando na cautela pra evitar problemas de direitos autorais e uso indevido de estilo artístico.
OpenAI: “nossos servidores estão derretendo”
Com a explosão de pedidos, os servidores da OpenAI começaram a pipocar. Usuários começaram a receber a seguinte mensagem direto no chat:
“Our GPUs are melting.”
(Tradução livre: “socorro, tá tudo pegando fogo aqui” 😂)
Isso fez com que a OpenAI limitasse temporariamente o número de imagens geradas por usuário, até conseguir dar conta da demanda absurda.
Mas o que isso significa pra gente?
Significa que a IA não para. E que a gente precisa correr pra não virar espectador da própria profissão.
Esse movimento não é só sobre gerar imagens bonitinhas. É sobre acelerar processos criativos, testar ideias com agilidade e ter mais controle sobre direção de arte — mesmo sem saber desenhar.
Só que também é um alerta: repertório, conceito, contexto e bom gosto não vêm prontos da IA.
Ela executa. Você cria.
E se você usa redes sociais profissionalmente, tem um novo aliado de peso pra turbinar sua imagem. Literalmente.
Crie um moodboard em segundos com IA
Precisa montar um conceito visual pra uma campanha, projeto ou identidade de marca? O ChatGPT com geração de imagem pode ser seu novo parceiro criativo. Em vez de perder horas no Pinterest, você pode gerar um moodboard sob medida direto na conversa.
Aqui vai um passo a passo prático:
- Defina o tom e o estilo que você quer explorar Exemplo: “Quero ideias visuais para uma marca minimalista de cosméticos veganos.”
- Peça imagens específicas que compõem o mood “Crie uma imagem de frascos de cosmético com design clean, fundo branco, iluminação suave e toque natural.” “Gere uma paleta de cores inspirada em natureza, tons terrosos e verdes suaves.” “Mostre uma composição com toalhas, espelhos e plantas em uma bancada estética.”
- Monte o painel com as imagens geradas Baixe, organize e pronto: um moodboard visual feito sob demanda, do zero, com total controle criativo.
Essa função é perfeita pra quem trabalha com branding, design, arquitetura, moda, conteúdo visual — ou simplesmente quer dar um passo além nos conceitos visuais do dia a dia.
Conclusão: o jogo mudou (de novo)
É doidera? Sim.
É genial? Também.
Mas o que mais impressiona é a velocidade com que tudo muda.
A pergunta que fica é:
Você vai usar isso pra ampliar sua criatividade? Ou vai esperar até que o mercado te obrigue?
Produção: Lamar Comunicação
Concepção: João Victor
Texto: Jarvi, inteligência artificial da Lamar Comunicação
Revisão e edição: João Victor